Estudos têm mostrado que a cirurgia bariátrica traz mudanças psicológicas, sociais e emocionais. Portanto, o acompanhamento psicológico deve ser sempre preventivo e educativo.
A consulta no período pré-operatório, é o momento ideal para que o paciente possa falar das suas dificuldades e compulsões alimentares, seus problemas relacionados aos limites, medos e insegurança, sonhos e objetivos pessoais, sobre sua imagem corporal, entre outros assuntos que podem ser esclarecidos de forma previa para que o paciente sinta-se seguro e conquiste com mais precisão um resultado duradouro.
Observa-se que de forma geral os pacientes apresentam melhora na qualidade de vida, logo após os primeiros meses da realização do procedimento de redução do estomago. Por outro lado, já também foram identificados pacientes que apresentaram problemas psicológicos, e por isso há a importância da terapia. Durante esse período o paciente terá acesso a diversas informações que ajudará como subsidio para lidar com possíveis aparecimentos de novos fatores de estresse, afetando nas relações familiares, conjugais e sociais, ansiedade extrema, sentimento de tristeza e insatisfação por não poder mais se transbordar excessivamente com a comida, sentimento de punição, negação corporal devido a sobra de pele após perda de peso, depressão etc.
Lembramos também que podem ocorrer a transferências de compulsão de diversas formas, como por exemplo, o excesso do consumo de álcool, compras desnecessárias, treinos exagerados, jogos, entre outros. É por isso que a avaliação no pré operatório é necessária e precisa de atenção e cuidados para que o pós não influencie de forma negativa no tratamento.
É muito importante que os pacientes vejam a terapia como uma importante aliada no combate à obesidade e na reestruturação de sua vida.
O retorno ao consultório deve ocorrer com 30 dias após a cirurgia, para que o psicólogo possa verificar como está a fase de adaptação às mudanças e possíveis restrições.
Nos casos em que o indivíduo apresente tristeza, medos, arrependimento, desejo de reverter a cirurgia, saudade da comida e uma forte relação de amor e ódio com o alimento, o psicólogo o encaminha para o tratamento à base de psicoterapia semanal.
Daniela Castro, Psicóloga, CRP 06/112945
Responsável Técnico – Dr. Thiago F. de Souza – CRM 110219