Gota é uma doença inflamatória que acomete as articulações, desencadeada por depósitos de cristais de urato no espaço intrassinovial. O acúmulo acontece quando as taxas de ácido úrico no sangue encontram-se elevadas (hiperuricemia). Esse aumento pode ocorrer em resposta a maior produção e/ou da menor excreção pelo rim. Contudo, nem todas as pessoas que apresentam hiperuricemia irão desenvolver gota.
A cristalização dos sais de urato excretados pelo rim também podem levar à formação de cálculo nas vias urinárias e ao comprometimento futuro da função renal.
A gota pode causar episódios súbitos e graves de dor, sensibilidade, rubor, calor e inchaço. Acomete principalmente, homens de 40 a 50 anos e mulheres após a menopausa.
Como parte de um distúrbio metabólico, a gota pode ser influenciada por aspectos relacionados a dieta que incluem a obesidade, síndrome de resistência à insulina, abuso de álcool e dislipidemia. A obesidade está associada tanto à hiperprodução como à hipoexcreção do ácido úrico.
Para seu diagnóstico o médico poderá fazer o exame clínico, associado a exames laboratoriais e de imagem.
O seu tratamento é medicamentoso aliado a orientação nutricional. Se o indivíduo apresenta apenas hiperuricemia, o tratamento medicamentoso pode não se fazer necessário.
As orientações dietéticas têm mudado nos últimos anos e a restrição de purinas, anteriormente recomendada, passou a ter menor importância, devido ao baixo impacto na redução dos níveis séricos de ácido úrico e da baixa adesão do paciente a longo prazo.
Portanto, as restrições que se fazem necessárias na dieta são primordialmente de bebidas alcóolicas e do excesso de proteínas de origem animal. O controle do peso e a hidratação auxiliam no controle da doença. A ingestão diária de água dentro do recomendado, se faz importante para aumentar a excreção de ácido úrico, diluir sua concentração urinária, e assim, reduzir a possiblidade de formação de cálculos urinários.
A equipe multidisciplinar tem papel fundamental no controle da doença e prevenção de quadros sintomáticos e lesões permanentes. Na suspeita desta doença, procure o seu médico e agende uma avaliação nutricional.
Por: Letícia Nunes Martins Castanho – Nutricionista – CRN3 52140
Responsável Técnico – Dr. Thiago F. de Souza – CRM 110219