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Obesidade infantil deve ser evitada desde os primeiros anos

Atualmente vivemos uma época em que a obesidade infantil no Brasil e no mundo virou caso de saúde pública, estima-se que 41 milhões de crianças abaixo dos cinco anos estão obesas em todo o mundo, sendo que no Brasil mais de 2 milhões de casos são diagnosticados por ano

 

A Organização Mundial de Saúde prevê que, se nada for feito, em 2025 teremos cerca de 75 milhões de crianças com sobrepeso ou obesas. Ao mesmo tempo, o aparecimento de dietas milagrosas, restrições de certos alimentos e até o jejum aumentam assustadoramente! O fato é que a cada dia, a alimentação incorreta e o sedentarismo chegou às crianças, causando este cenário! E para mudar esse crescimento desenfreado em que vivemos é preciso cuidar da alimentação dos pequenos desde as primeiras frutinhas, sopinhas e papinhas. Vamos entender melhor como evitar a obesidade infantil, e criar um futuro melhor?

Obesidade infantil, aprenda a evitar

Primeiro vamos lembrar que o nosso organismo precisa de um pouquinho de cada nutriente, e excluir alguns do cardápio não leva ao emagrecimento dado como “milagroso”, mas debilita a saúde aos poucos.

Jejum intermitente, classificação de alimentos bons ou ruins e restrições de alimentos e ingredientes como glúten, carboidratos, açúcares, lactose e outros não têm embasamento científico, suas recomendações são absurdas e acabam gerando riscos à saúde. Apenas em casos de alergias alimentares deve haver a exclusão de algo, e não para promover a saúde com o emagrecimento.

Seguir modinhas que não respeitam as suas necessidades nutricionais e não promovem o entendimento de que o que leva à perda de peso ou previne a obesidade é, na verdade, o controle de calorias e uma correta educação alimentar, e não uma proibição desenfreada de alimentos e nutrientes específicos.

Agora vamos ao nosso foco principal, as crianças! Por mais inacreditável que seja, assim como existem pessoas que não controlam o que os pequenos consomem, oferecendo refrigerantes, doces e alimentos não adequados à sua faixa de idade, sem o menor controle da quantidade e frequência, também existem aquelas que restringem em excesso, colocando a criança em dietas restritivas que excluem do cardápio alimentos com nutrientes que o organismo dela precisa para se desenvolver corretamente!

É preciso criar uma conscientização de que a obesidade infantil somente será evitada com uma educação alimentar e não com a proibição! Entenda que é preciso ensinar aos pequeninos que eles precisam comer de maneira diversificada, respeitos seus gostos e desejos, mas mantendo um equilíbrio sem restrições.

Estudos comprovam que o principal problema da obesidade é o consumo em excesso de alimentos que não possuem um gasto energético proporcional. Desde a infância as pessoas estão perdendo a noção de saciedade e comendo em quantidades muito maiores do que o corpo realmente precisa, pouca variedade de alimentos e fora dos horários de refeição. Resumindo, hoje consumimos alimentos errados, comemos muito, e sem horário pré-estabelecido.

Para que os pequenos não sofram o que sofremos atualmente com essa falta e, ao mesmo tempo, excesso de regras, é preciso que a alimentação das crianças não seja algo restrito, obrigatório, que gere sacrifícios, como um castigo. É preciso que este seja um momento prazeroso, respeitando suas preferências, não impondo alimentos específicos ou restringindo, planeje este momento respeitando seus hábitos e costumes, sem deixar de lado o bom senso e o equilíbrio nutricional necessário.

Tomando esta atitude desde o início da introdução alimentar, oferecendo os alimentos corretos, diversificadamente, seja em forma de papinha, ou seguindo o método BLW, seu filho formará um paladar mais saudável e criará o hábito de comer corretamente, seguindo suas necessidades nutricionais e evitando a obesidade infantil e os problemas relacionados à ela.

Ultimamente existe uma crença errada de que certos alimentos, como os açúcares, sejam vilões da saúde, fazendo as pessoas cortar completamente os carboidratos do seu cardápio, mas não é bem assim que funciona! A própria Organização Mundial de Saúde recomenda que seja ingerido até 50g por dia do ingrediente para a produção de energia, o equivale a seis quadradinhos de chocolate ao leite ou três fatias de bolo. Para os pequenos, essa recomendação diminui para 25g/dia, segundo a Academia Americana do Coração.

Vale lembrar e salientar que a alimentação saudável deve estar diretamente ligada com a prática de atividade física, principalmente as crianças! Somente assim alcançaremos o objetivo de construir um futuro com pessoas saudáveis e com um baixo índice de obesidade e obesidade infantil, que tanto nos preocupa atualmente.

 

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