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Especial Outubro Rosa – Saúde da Mulher

Ciclo menstrual

Fase Folicular ou Estrogênica

Dia 1 a 14 ocorre o aumento do FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e Estrogênio (o FSH estimula desenvolvimento dos folículos, que estimulam o aumento do estrogênio) fase de amadurecimento dos óvulos.

 

Fase Ovulatória

Os níveis de estrogênio continuam aumentando, produzindo assim o LH 14º dia liberação do óvulo para fecundação (duração de até 24h).

 

Fase Lútea ou Progestogênica

14 a 28 dias rompimento do folículo e formação do corpo lúteo se não houver fecundação aumenta a progesterona (sintomas da TPM) para continuar preparando o revestimento do útero (para uma possível gravidez) e do estrogênio

 

Dia 28 Quando a fecundação não ocorre, os níveis de progesterona e estrogênio começam a diminuir (diminuição do folículo dentro do ovário) dando inicio à menstruação eliminação do revestimento do útero.

 

Alterações do ciclo menstrual

Ciclo menstrual normal: 22 a 35 dias

Ciclos mais curtos: polimenorréia

Ciclos mais longos: espaniomenorréia

Ausência de menstruação (por mais de 3 ciclos): amenorréia

 

Duração do ciclo menstrual normal: 2 a 7 dias

Duração maior: hipermenorréia

Duração menor: hipomenorréia

 

Quantidade de sangue por ciclo: 30 a 50 ml

Quantidade maior: menorragia

Quantidade menor: oligomenorréia

Fluxo menstrual fora do período normal: metrorragia

Alterações  metabólicas nas fases do ciclo menstrual

Ocorre um equilíbrio hidroeleterolítico: o aumento do hormônio Aldosterona após a ovulação leva à uma retenção de sódio e uma maior sensibilidade à insulina no período lúteo, onde aumenta captação de glicose, que pode levar ao ganho de peso nesse período.

Síndrome Pré Menstrual (SPM)

Etiologia multifatorial = admite-se que exista predisposição genética para SPM e TDPM (transtorno dismórfico pré-menstrual).

Fisiopatologia não estabelecida = relação com flutuações hormonais.

Sintomas: humor deprimido, sentimentos de falta de esperança ou pensamentos autodepreciativos, ansiedade, tensão, “nervos a flor da pele”, instabilidade afetiva, raiva ou irritabilidade, conflitos interpessoais aumentados, diminuição do interesse pelas atividades habituais, dificuldade em concentrar-se,  letargia, fadiga, falta de energia, acentuada alteração do apetite, excessos alimentares ou avidez por determinados alimentos, hipersonia ou insônia, descontrole emocional, sensibilidade ou inchaço das mamas, cefaleia, dor articular ou muscular, sensação de “inchaço geral” e ganho de peso.

Ciclo menstrual e consumo alimentar

O estrogênio diminui consumo alimentar, enquanto a progesterona aumenta consumo alimentar. As mulheres consomem menos alimentos no estágio periovulatório, quando os níveis de estrogênio estão elevados, e mais na fase luteínica, quando os níveis de progesterona estão elevados.

A conduta deve ser diferenciada e direcionada às alterações e sintomas. É na fase lútea que o cuidado nutricional deve ser redobrado reduzir a voracidade alimentar e o apetite por doces e guloseimas TPM.

A Obesidade é um fator de risco para a TPM. Os “desejos alimentares”, podem contribuir para elevar o consumo de alimentos ricos em gorduras e açúcares.

Devem ser evitados nesse período os seguintes alimentos:

– Carboidratos simples (devido pico de insulina), álcool, gordura saturada (aumenta concentração de estrogênio sérico);

– Alimentos ricos em ácido araquidônico (ômega 6 pró inflamatório). Preferir alimentos ricos em ômega 3 (anti-inflamatório);

– Diminuição do sal no preparo dos alimentos uso do sal de adição (mistura de ervas, sal light ou gersal em substituição ao sal marinho ou sal comum);

– Optar por chás desintoxicantes e drenantes (chá de cavalinha, chá verde, hortelã, alecrim, cidreira, dente de leão e erva-doce)

Considerar suplementação de:

– Cálcio;

– Ferro, nos casos de sangramento volumoso;

– Ácido linolêico (óleo de açafrão): redução do edema;

– Vitamina E: para redução do edema e sensação dolorosa nos seios;

– Magnésio:  reduz compulsão por doces – tratamento no 15° dia do ciclo; e bloqueia canal  de cálcio (relaxante musucular). Fontes: semente de abóbora, coentro, oleaginosas, vegetais verde-escuros, aveia em flocos;

– Vitamina B6 (piridoxina): Cofator serotonina e dopamina. Fontes: fígado, banana, salmão, frango, oleaginosas;

– Dieta rica em triptofano (manutenção de serotonina): carboidratos integrais, nozes, leguminosas; leite, banana, abacaxi, cacau.

 

Por: Sâmia Rocha Alves –  Nutricionista – CRN3: 32.768

Responsável técnico – Dr. Thiago F. de Souza CRM 110219

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