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Vantagens da Manometria Esofágica de Alta Resolução

Vantagens da Manometria Esofágica de Alta Resolução (MAR) em comparação à Manometria Esofágica Convencional

A MAR é o método diagnóstico atualmente de maior acurácia para estudo da motilidade do esôfago e tem se mostrado superior na avaliação dos distúrbios motores do esôfago, em relação a manometria convencional.

A sonda da MAR contém 24 canais de perfusão (diferente da convencional que contém 8 canais de perfusão), dispostos ao longo do esôfago, para registro simultâneo dos eventos (contração da musculatura e relaxamento esfincteriano), sem a necessidade da movimentação da sonda.

As pressões obtidas são representadas graficamente e depois transformadas em imagens espaço-temporais das pressões esofágicas codificadas por cores (“Clouse plots”). A MAR aumentou substancialmente a resolução espacial comparada à manometria convencional com 8 sensores de pressão. Além disso, a apresentação dos dados manométricos através das “Clouse plots” revela a anatomia funcional da junção esofagogástrica (JEG) de maneira visualmente intuitiva.

As principais vantagens da MAR em relação à manometria convencional são:

–   Permite localização mais fácil e imediata de marcos anatômicos como os esfíncteres superior e inferior;

–   É possível aquisição simultânea de dados referentes ao esfíncter superior, corpo esofágico e esfíncter inferior do esôfago;

–   Proporciona maior conforto ao paciente devido ao tempo reduzido de exame e pela ausência de necessidade de tração do cateter a cada centímetro;

–   Não sofre influência de artefatos de movimento.

–  Identificação de fenótipos clinicamente relevantes, como os subtipos de acalásia, que possuem respostas terapêuticas distintas.

Subtipos de acalásia. À esquerda, tipo I, com ausência de contratilidade; no meio, tipo II, com panpressurização esofágica e, à direita, tipo III, com contrações prematuras. Nos três casos, observa-se prejuízo do relaxamento da JEG.

 

No entanto, as indicações tanto para MAR, quanto para convencional são as mesmas.

Entre as indicações, destacam-se: investigação diagnóstica das disfagias, após exclusão de obstrução orgânica do esôfago; adequado posicionamento de dispositivos intraluminais (cateter de pHmetria); pré-operatório de Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) e avalição da disfagia após tratamento cirúrgico ou tratamento da acalasia.

É importante ressaltar que a MAR não faz diagnóstico de DRGE, porém pode indicar situações que predispõem o refluxo, como hipotonia do esfíncter esofagiano inferior.

 

Por: Dra. Yael Albuquerque, Gastroenterologista, CRM: 98.475

Responsável técnico – Dr. Thiago F. de Souza CRM 110219

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