Existem diferentes variedades, que excluem ou incluem vários alimentos, sendo classificado da seguinte forma:
- Ovovegetarianismo: utiliza ovos na sua alimentação;
- Lactovegetarianismo: utiliza leite e laticínios na sua alimentação;
- Ovolactovegetarianismo: utiliza ovos, leite e laticínios na sua alimentação;
- Vegetarianismo estrito: não utiliza nenhum produto de origem animal na alimentação;
- Veganismo: não utiliza nenhum produto de origem animal tanto na alimentação quanto em outros setores como vestuário, produtos higiênicos etc.
O veganismo, segundo definição da Vegan Society, é um modo de viver que busca excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade contra os animais, portanto, no âmbito da alimentação, veganismo e vegetarianismo estrito são sinônimos.
Alguns indivíduos se dizem semivegetarianos. No entanto, é debatido pela maioria dos grupos vegetarianos, pois essas dietas são menos rigorosa, onde ocasionalmente se consome carne, em geral carne branca, sendo que os vegetarianos devem excluir toda carne animal da alimentação.
Há diversas razões para se tornar vegetariano, entre elas estão a ética, a saúde, o meio ambiente e a sociedade (desperdício). Segundo alguns estudos, a principal motivação de adoção do vegetarianismo é a ética, seguido da motivação de saúde e, em menor proporção, de outras motivações.
A SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira) possui uma campanha chamada “Segunda Sem Carne”, que implica em substituir a proteína animal pela vegetal pelo menos uma vez por semana.
A campanha se propõe a conscientizar as pessoas sobre os impactos que o uso de produtos de origem animal para alimentação tem sobre os animais, a sociedade, a saúde humana e o planeta.
Não há diferença nas fontes de carboidratos entre as dietas vegetarianas e onívoras. Apesar das fontes de proteína serem diferentes entre os dois grupos, sendo que em ambos os casos, o organismo precisa realizar a “quebra” dessas proteínas em aminoácidos, para depois serem absorvidas. Sendo assim, uma dieta vegetariana equilibrada pode fornecer proteína suficiente para atender às necessidades fisiológicas.
Em geral, em comparação com uma dieta onívora, as dietas vegetarianas são ricas em fibras, magnésio, Fe³+, ácido fólico, vitaminas C e E, ácidos graxos poliinsaturados ômega 6, fitoquímicos e antioxidantes, porém pobres em gordura total, colesterol, sódio, zinco, Fe²+, vitaminas A, B12 e D, e especialmente ácidos graxos poliinsaturados ômega 3.
A baixa ingestão de gordura total, ácidos graxos e sódio e o aumento da ingestão de fibras, fitoquímicos e antioxidantes em vegetarianos estão associados à diminuição da pressão arterial e do índice de massa corporal (IMC). Sabe-se também que esses fatores reduzem o risco de doença cardiovascular (DCV). No entanto, há uma preocupação sobre se os vegetarianos, e particularmente os veganos, têm uma ingestão adequada de vários nutrientes importantes, particularmente ferro, zinco, vitamina B12 e ácidos graxos poliinsaturados n-3. Caso esses nutrientes não sejam alcaçados pela ingestão alimentar, é necessária a suplementação, por isso é importante que o plano alimentar seja elaborado e acompanhado por um (a) nutricionista.
Referências Bibliográficas
ABONIZIO, J. Conflitos à mesa: vegetarianos, consumo e identidade. Rev. bras. Ci. Soc., São Paulo, v. 31, n. 90, p. 115-136, 2016. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092016000100115&lng=en&nrm=iso>. Acessado em 17 de abril de 2019.
DUO, L. Chemistry behind Vegetarianism. Review. J. Agric. Food Chem., v. 59, p. 777-784, n. 3, 2011.
SOCIEDADE VEGETARIANA BRASILEIRA – SVB. Vegetarianismo Disponível em <https://www.svb.org.br/vegetarianismo1> Acesso em 17/04/2019.