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Nutrição Esportiva

A nutrição na atividade física pode contribuir para a melhora da fadiga e auxiliar no rendimento do atleta para que este consiga treinar por mais tempo e se recuperar melhor no período entre os treinos.

A alimentação saudável e adequada deve ser considerada como ponto de partida para atletas de alto rendimento obterem o seu desempenho máximo. Como estratégia complementar poderá ser feito uso de manipulados nutricionais. 

Para indivíduos que praticam atividade física em que não há grandes preocupações com desempenho, uma dieta equilibrada de acordo com as suas necessidades especificas é capaz de manter a saúde e possibilitar um bom rendimento. 

As necessidades nutricionais são calculadas a partir de protocólos específicos. Para isso, deve ser levado em consideração a atividade praticada, fase de treinamento, calendário de competições, objetivos em relação ao desempenho, metabolismo basal, demanda energética de treino e necessidades de modificação da composição corporal.

A ingestão insuficiente de macro e micronutrientes resultando em um balanço calórico negativo, pode ocasionar perda de massa muscular, maior incidência de lesão, osteopenia/ osteoporose, disfunções hormonais e maior frequência de doenças infecciosas, além de comprometer o treinamento pela queda do desempenho. 

É possível em alguns casos, onde o atleta passa por pressão para perder peso, acabar desencadeando distúrbios alimentares e estes devem ser imediatamente inibidos. Mulheres são mais susceptíveis a esses eventos quando comparado aos homens. 

Antes dos treinos, é necessário ter uma ingestão de líquidos adequada para manter a hidratação. Além disso, a refeição deve ser pobre em gorduras e fibras para facilitar o esvaziamento gástrico, com quantidade moderada de proteínas e rica em carboidratos para evitar a depleção de glicogênio e manter a glicemia

O glicogênio muscular é o principal substrato de energia durante a atividade física, quando essa reserva está baixa, diminui a capacidade do praticante continuar realizando o exercício.

Depois do exercício, o consumo de carboidratos se faz necessário para reabastecer as reservas musculares e otimizar a recuperação muscular.

Para aqueles que praticam atividade física com a finalidade de ganhar massa muscular, é a combinação de carboidratos e proteínas no pós-treino que irá auxiliar nesse objetivo.

Quanto maior a intensidade do exercício, maior participação dos carboidratos como fontes de energia. 

Em atividades leves (70% da FC máxima), a energia utilizada é quase exclusivamente proveniente da reserva de gordura.  Nas atividades contínuas e moderadas (70 %- 85% da FC máxima) a energia utilizada é mista, ou seja, tanto da mobilização de carboidratos como de gorduras. Quando a intensidade do exercício é acentuada, a energia depende exclusivamente dos carboidratos.

No caso dos desportistas, não há necessidade de recomendação especial para ingestão de carboidratos. 

As proteínas tem papel essencial no reparo de microlesões musculares. A quantidade de proteínas necessárias para a síntese proteica é facilmente atingida através de uma dieta balanceada e em muitos casos, não há a necessidade de suplementação.  

O aumento do consumo proteico acima do recomendado não leva a um aumento adicional de massa magra. Há um limite para o acúmulo desse nutriente nos tecidos. 

Quanto a recomendação de lipídeos, os atletas necessitam da mesma quantidade recomendada para a população geral.  O que corresponde a 30% do valor total de calorias da dieta.

Em atletas que praticam provas de longa duração, o mecanismo de desidratação ocorre principalmente através da sudorese e pode chegar a até 2 litros/ hora. Essa perda varia de acordo com condições ambientais, aclimatação, condicionamento físico, grau de intensidade do esforço e tempo de exposição.

A desidratação pode aumentar a frequência cardíaca, diminuir o volume de ejeção ventricular e afetar o desempenho aeróbio. Por conta disso, reconhecer os sinais e sintomas de desidratação é necessário. Quando leve ou moderada pode ser notória a presença de fadiga, intolerância ao calor, pele avermelhada, perda de apetite, sede e aumento da concentração de urina. Quando grave pode haver perda de equilíbrio, dificuldade para engolir, olhos afundados, visão fosca, delírio, espasmos musculares e pele seca.


Por: Letícia Nunes Martins Castanho, Nutricionista – CRN3 52140
Responsável Técnico – Dr. Thiago F. de Souza – CRM 110219

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